segunda-feira, 5 de outubro de 2009

SÍNODO PARA A ÁFRICA ABRE-SE A GRANDES ESPERANÇAS. TAMBÉM PARA O CATOLICISMO GLOBAL

Neste domingo de manhã, o Papa Bento XVI celebrou a missa de abertura do Sínodo para a África, que se reúne no Vaticano entre os dias 04 a 25 de outubro. É um daqueles eventos na vida da Igreja que deveria ser enormemente importante, mesmo que não se saiba se ele realmente vai dar vida ao seu potencial. Este é o segundo Sínodo para a África. O primeiro se reuniu em 1994, no auge do genocídio em Ruanda.

Papa alerta para neocolonialismo cultural na África

Na cerimônia de abertura de um sínodo de bispos africanos que reunirá mais de 300 clérigos durante três semanas no Vaticano, o Papa Bento XVI alertou o continente para os “perigos do materialismo”, que ele classificou de “lixo espiritual tóxico” exportado pelos países desenvolvidos.

O Pontífice ressaltou a rica herança cultural e espiritual da África, mas lamentou que o continente esteja sendo vítima do materialismo e de grupos que espalham o fundamentalismo religioso, num pano de fundo ligado a interesses políticos e econômicos.

Eles estão fazendo isso em nome de Deus, mas com uma lógica que é oposta à lógica divina: ensinar e trabalhar não com amor e respeito pela liberdade, mas com intolerância e violência.

A Igreja Católica vem crescendo com vigor na África, onde passou de 55 milhões de fiéis para 146 milhões, entre 1978 e 2007, segundo cálculos do Vaticano que afirmam serem católicos atualmente 17% da população do continente. Ao mesmo tempo, a região enfrenta sérios problemas de pobreza, conflitos e Aids que têm sido desafios para a atuação da Igreja Católica.

Entre os temas espinhosos que serão debatidos no sínodo está o uso de camisinhas, defendido por muitos como forma de prevenção da Aids, mas condenado pela Igreja.

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