sábado, 27 de novembro de 2010

COMEÇA O V FÓRUM SOCIAL PAN-AMAZÔNICO

Com uma ruidosa marcha pelas ruas da cidade de Santarém, teve início o V Fórum Social Pan-Amazônico. Nos próximos dias se reunirão quatro mil representantes de povos indígenas, organizações sociais, de meio ambiente e pesquisadores sobre diversos temas, como a Defesa da Mãe Terra, poder para os povos da Pan-Amazônia, Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais e Cultura, Comunicação e Educação Popular.

No ato de abertura os indígenas dos nove países Pan-Amazônicos (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, Peru Suriname e Venezuela) ocuparam um papel proeminente ao realizar um ato simbólico especial. Este consistiu em encher uma cabaça grande pintada com os símbolos do evento com águas trazidas pelos distintos povos indígenas. A água, simbolicamente proveniente de toda a Amazônia, foi depois aspergida sobre a multidão de participantes.

O tema que chamou mais a atenção no início do Fórum foi o das represas hidrelétricas. Brasil tem previsto construir 68 represas hidrelétricas nos rios da bacia Amazônica, entre os quais Madeira, Xingu, Tapajós, a bordo do qual se localiza a cidade de Santarém. Segundo os manifestantes, as represas atacariam o frágil equilíbrio ambiental da região e eliminariam o habitat de vários povos indígenas.

Os manifestantes mostraram determinação especial para impedir a realização da Represa Belo Monte, no Rio Xingu. Esta hidrelétrica, caso seja construída, se constituirá na terceira maior represa do mundo, com uma geração de 11.233 megawatts e uma área inundada de 668 quilômetros quadrados. Mas se depender dos manifestantes, o Governo Brasileiro não conseguirá construí-la, pois cantaram "um, dois, três, quatro, cinco, mil; se para Belo Monte ou se para o Brasil".

A noticia é de AINI.

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