Com o tema “Paz e Terra para os Povos Indígenas”, a XVIII Assembleia Geral do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) discutiu, entre os dias 27 e 30 de outubro, em Luziânia (GO), o modelo desenvolvimentista adota pelo governo federal e os impactos dos grandes projetos sobre os povos indígenas.
A reportagem e a entrevista é de Michelle Amaral e publicada pela Agência Brasil de Fato, 04-11-2009.
Dentre os pontos abordados, representantes indígenas e missionários do Cimi avaliaram as consequências dos projetos do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) em áreas indígenas, com atenção às hidrelétricas do Belo Monte, no rio Xingu, e de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, além da transposição do Rio São Francisco.
No documento final da assembleia, concluiu-se que “as prioridades absolutas do governo federal são empreendimentos exploratórios dos recursos naturais existentes nas terras e nas águas”.
Em entrevista, Dom Erwin Krautler, bispo do Xingu (PA) e presidente do Cimi, afirmou que “esse modelo desenvolvimentista naturalmente tem um grande impacto sobre as aldeias indígenas".
O presidente do Cimi explicou que, do ponto de vista da política de desenvolvimento adotada pelo governo Lula, os povos indígenas acabam constituindo um entrave, já que as terras, se determinadas como áreas indígenas, não podem servir ao grande capital.
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