No domingo, 28/06/2009, um golpe orquestrado pela Justiça e pelo Congresso de Honduras e executado pelos militares, depôs o presidente hondurenho, Manuel Zelaya, o qual permanece até o momento fora do país, por pressão do presidente interino de Honduras, Roberto Micheletti.
Após dez dias passados deste golpe inconstitucional e inaceitável, com princípios de derramamento de sangue e sem que a ordem democrática seja restabelecida, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Regional Sul I, repudia essa atitude, que nos resgata a triste história de golpes militares vividos por nossos países no século XX e fere os ideais democráticos da sociedade.
Após dez dias passados deste golpe inconstitucional e inaceitável, com princípios de derramamento de sangue e sem que a ordem democrática seja restabelecida, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Regional Sul I, repudia essa atitude, que nos resgata a triste história de golpes militares vividos por nossos países no século XX e fere os ideais democráticos da sociedade.
A democracia (demos, povo; krato, poder), supõe o poder do povo, o que se dá na medida em que o governante seja eleito pela população. Quando os militares e congresso, que deveriam ser os artífices da democracia, elevam ao poder alguém que não foi eleito por estes, na verdade aplainam os ideais democráticos. E, parafraseando, o Papa Paulo VI, em sua Encíclica Populorum Progressio, a democracia é o novo nome da dignidade inalienável da pessoa humana. Sua suspensão, com um golpe militar, fere a dignidade da vida.
Sabemos da sangrenta história dos golpes militares em nossos países latino-americanos. No Brasil, inúmeros cristãos tiveram sua vida martirizada em nome do retorno da democracia, em defesa da vida. Pois nós, como Igreja, temos “uma missão (...) em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação” (Bento XVI – Caridade na verdade). Neste sentido, os cristãos leigos e leigas do CNLB Regional Sul I da CNBB repudiam todo tipo de golpe e reafirmam que compactuar com tal atitude golpista significa a opção pelo poder e não pelo povo. Em Jesus Cristo, as opções pelo povo e pela vida são evidentes.
Em Honduras, o CNLB Regional Sul I vê um país de irmãos. Irmãos na fé que nos une, irmãos no sangue, irmãos nas dores, nas esperanças e na caminhada. Irmãos latino-americanos que buscam, como nós, que seu projeto nacional seja edificado para que todos, e cada um, em seu país “tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10). Queremos, como povo de Deus, em comunhão e co-responsabilidade, solidarizarmo-nos com a democracia e a dignidade dos cidadãos hondurenhos.
Repudiamos o golpe e reivindicamos junto a OEA, ONU e presidentes dos países americanos que o diálogo para a o restabelecimento da ordem democrática em Honduras e a volta do representante legal escolhido pela população hondurenha, seja o mais breve possível, pois “as estruturas justas (...) não nascem nem funcionam sem um consenso moral da sociedade sobre os valores fundamentais e sobre a necessidade de viver estes valores com as necessárias renúncias, inclusive contra o interesse pessoal” (Bento XVI – Discurso Inaugural da V Conferência).
Penápolis/SP, 08 de Julho, de 2009.
Luis Antonio Ferreira
Presidente
Maria Helena de Almeida Lambert
Vice Presidente
Alex de Souza Rossi
Secretário Geral
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Sabemos da sangrenta história dos golpes militares em nossos países latino-americanos. No Brasil, inúmeros cristãos tiveram sua vida martirizada em nome do retorno da democracia, em defesa da vida. Pois nós, como Igreja, temos “uma missão (...) em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação” (Bento XVI – Caridade na verdade). Neste sentido, os cristãos leigos e leigas do CNLB Regional Sul I da CNBB repudiam todo tipo de golpe e reafirmam que compactuar com tal atitude golpista significa a opção pelo poder e não pelo povo. Em Jesus Cristo, as opções pelo povo e pela vida são evidentes.
Em Honduras, o CNLB Regional Sul I vê um país de irmãos. Irmãos na fé que nos une, irmãos no sangue, irmãos nas dores, nas esperanças e na caminhada. Irmãos latino-americanos que buscam, como nós, que seu projeto nacional seja edificado para que todos, e cada um, em seu país “tenham vida e vida em plenitude” (Jo 10,10). Queremos, como povo de Deus, em comunhão e co-responsabilidade, solidarizarmo-nos com a democracia e a dignidade dos cidadãos hondurenhos.
Repudiamos o golpe e reivindicamos junto a OEA, ONU e presidentes dos países americanos que o diálogo para a o restabelecimento da ordem democrática em Honduras e a volta do representante legal escolhido pela população hondurenha, seja o mais breve possível, pois “as estruturas justas (...) não nascem nem funcionam sem um consenso moral da sociedade sobre os valores fundamentais e sobre a necessidade de viver estes valores com as necessárias renúncias, inclusive contra o interesse pessoal” (Bento XVI – Discurso Inaugural da V Conferência).
Penápolis/SP, 08 de Julho, de 2009.
Luis Antonio Ferreira
Presidente
Maria Helena de Almeida Lambert
Vice Presidente
Alex de Souza Rossi
Secretário Geral
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