quarta-feira, 8 de julho de 2009

MANIFESTO: QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA

Participantes da XXVIII Assembléia Geral Ordinária do CNLB.


O CNLB - Conselho Nacional do Laicato do Brasil vem expressar solidariedade a todas as pessoas que tem se dedicado à defesa da vida e à defesa da Amazônia.


Muitos já tiveram seu sangue derramado, marcando uma História de descaso e impunidade no Estado do Pará. O caso da irmã Dorothy Stang, se insere no conjunto de violências que nas últimas décadas vem se alastrando na Amazônia contra a floresta e os povos que nela habitam. Basta lembrarmos do assassinato de Pe. Josimo, Chico Mendes, massacre de Corumbiara, Eldorado e tantos outros, que ainda clamam por Justiça!

Não podemos nos acomodar, aceitar calados e conviver com as constantes ameaças de morte contra bispos, padres, lideranças populares, sindicalistas e indígenas. Não podemos aceitar que pessoas de bem se obriguem a andarem protegidos por policiais militares para não serem assassinados por pistoleiros a mando de madeireiros e fazendeiros.

Acreditamos na Justiça, e é a Fé em Cristo Redentor, que nos dá a certeza que ela reinará, portanto, os protagonistas do trabalho escravo, do desmatamento e destruição da biodiversidade da Amazônia, os traficantes de seres humanos, os que promovem a exploração e o abuso sexual de meninos e meninas, os grileiros que expulsam os trabalhadores da terra, os que sub-julgam a vida em nome da riqueza, não calarão os Profetas da Amazônia.

O CNLB vem expressar o apoio e solidariedade a Dom Erwin que tem sofrido constantes ameaças e calúnias por aqueles que vêem seus interesses ameaçados; a Dom Flávio que se mantém firme na defesa dos pequeninos e não recua diante da prepotência dos malfeitores; a Dom José Azcona, que no meio do povo pobre e humilde, povo esquecido, ergue sua voz denunciando verdadeiros atentados a vida; a todos os padres, religiosos(as) que comungam da vida dos pobres e excluídos e aos leigos e leigas que fazem parte da lista dos mais de 250 pessoas ameaçadas de morte por conta de seu testemunho de comunhão, dentre eles: Maria Raimunda, Índio Dada, Rosália, Maria Joel (esposa do Dezinho,assassinado em 2000 - Rondon do Pará), e a Irmã Henriqueta da CJP, que por sua postura no acompanhamento dos desdobramentos da CPI da pedofilia, e pelas denúncias encaminhadas ao Ministério Público em relação ao tráfico de seres humanos, vem sofrendo constantes ameaças de morte. Enfim, a todos e todas que por causa da missão do Reino, são perseguidos. Aos Profetas de hoje, Profetas da Amazônia, nos unimos em comunhão e na FÉ participamos da mesma CEIA.

Clamamos pela segurança pública, pelo fim da impunidade e re-afirmamos o nosso compromisso pela VIDA e pela transformação da sociedade sem violência, sem exploração e exclusão social.

Participantes da XXVIII Assembléia Geral Ordinária do CNLB.

Teresina- PIAUI, 14 de Junho de 2009.

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