quinta-feira, 17 de março de 2011

ATIVIDADES MARCAM DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Em comemoração ao Dia Mundial da Água (22/03), a ONG SOS Mata Atlântica realiza e participa, entre os dias 11 e 22 de março, de mobilizações, caminhadas, atividades culturais, debates e fóruns em municípios como Araçariguama, Cabreúva, Itu, Osasco, Porto Feliz, Salto, São Paulo e, em Extrema (MG), Curitiba (PR) e Brasília (DF).

As ações incluem a III Jornada pelo Tietê, entre os dias 14 e 19, com caminhada na Estrada Parque de Itu no sábado (19), a “Semana da Água de Osasco”, a palestra “Observando o rio Jaguari”, em Extrema (MG), e o seminário “A Revisão do Código Florestal e Conseqüências”, no dia 24/03, em São Paulo. Na terça (15) ocorre um encontro regional do Projeto Água de Viver, em Curitiba (PR), e ainda um café da manhã da Frente Parlamentar Ambientalista sobre Água, em Brasília (DF).

As atividades abordarão temas como a despoluição e monitoramento de rios e bacias, uso sustentável da água, matriz energética brasileira, navegabilidade e produção de alimentos e impactos das mudanças no Código Florestal. “A conservação das nossas florestas está totalmente ligada à qualidade e quantidade da água. Sem floresta não há água e vice-versa”, afirma Malu Ribeiro, coordenadora do programa Rede das Águas.

Participe ao vivo de conversa online sobre a água

No 22/03, às 14h, a SOS Mata Atlântica também realiza um bate-papo online em sua rede social, a Conexão Mata Atlântica. O evento contará com a participação da presidente da Sabesp (companhia de águas de São Paulo), Dilma Penna, que falará sobre os desafios na luta pela universalização do saneamento no estado e pela despoluição do Tietê, além do trabalho da companhia. Para acompanhar o evento, basta se cadastrar na rede e acessá-la no dia e horário da entrevista.

Aqueles que realizam pequenas ou grandes atitudes pela conservação da água, podem participar ao vivo do encontro. Os interessados devem responder, até quinta-feira (17/03), a pergunta "o que eu faço pela Água?" no fórum de discussão da Conexão.

Fonte: SOS Mata Atlântica


História do Dia Mundial da Água

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. O dia 22 de março, de cada ano, é destinado a discussão sobre os diversos temas relacionadas a este importante bem natural.

Mas porque a ONU se preocupou com a água se sabemos que dois terços do planeta Terra é formado por este precioso líquido? A razão é que pouca quantidade, cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta é potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes desta água (rios, lagos e represas) esta sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Esta situação é preocupante, pois poderá faltar, num futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” (leia abaixo). Este texto apresenta uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão da água.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso dia-a-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar idéias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Declaração Universal dos Direitos da Água

Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta.Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

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