quinta-feira, 14 de julho de 2011

SEMINÁRIO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E JUSTIÇA SOCIAL

Com o tema “Impactos e Desigualdades no Mundo Urbano”, aconteceu nos dias 8 e 9, no Colégio Sagrada Família, no bairro Ipiranga, em São Paulo, o Seminário sobre Mudanças Climáticas e Justiça Social. O evento foi promovido pela Rede Jubileu Sul, em conjunto com pastorais e movimentos sociais da Grande São Paulo e contou com a participação de militantes de várias cidades desta região e outras vizinhas.

“O aquecimento global tem provocado mudanças climáticas que afetam todas as formas de vida, dentre as quais a vida das populações mais pobres. Isto implica em repensar o modelo de sociedade, a matriz energética, os modos de produção e de consumo e o próprio modelo de desenvolvimento que vem sendo marcado pela economia de mercado capitalista que promove o consumo exacerbado, a precarização das condições sociais e a exploração a todo custo dos bens naturais”, destacaram os organizadores do encontro.

“Os mais afetados, sabemos, são sempre os mais pobres, o que vai aprofundando as desigualdades sociais, culturais e econômicas”, disse Ivo Poletto, do Fórum Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social.

Outro assessor que contribuiu com o aprofundamento na compreensão do fenômeno das Mudanças Climáticas e seus efeitos foi o professor e físico, Paulo Artaxo, que coordena o Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e é membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

Segundo ele, Brasil e Indonésia, juntos, são responsáveis por 60% de todas as emissões de gás do efeito estufa. “O Brasil é o maior emissor de gás de efeito estufa por desmatamento. Precisamos reduzir essas emissões de gases o mais rápido possível e usar os recursos naturais de nosso planeta de forma inteligente”, ressaltou.

Para outra assessora do Seminário, a ativista ambiental e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) Marijane Lisboa, é preciso “pensar a política energética para produzir menos, consumir menos e distribuir melhor. As hidrelétricas não são a solução, precisamos reduzir o consumo de energias fósseis e promover a formação de energias renováveis”.

Além dos debates, os participantes se debruçaram sobre as mudanças climáticas e seus impactos na região urbana, relacionando-os com o acesso aos recursos de nosso planeta, aos direitos sociais e ambientais tendo em vista uma verdadeira justiça climática.

Autor: Site CNBB

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