segunda-feira, 13 de junho de 2011

REGIONAL NORTE 2 ENTREGA CARTA A MINISTRA DE DIREITOS HUMANOS EXIGINDO FIM DA VIOLÊNCIA NO PARÁ

Uma comitiva do governo federal, liderada pelos ministros Maria do Rosário, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e José Eduardo Cardozo, Ministério da Justiça, iniciou ontem, 9, em Belém (PA), um roteiro de reuniões e atividades pela região Norte para acompanhar a situação de violência no campo, que resultou em diversos crimes nos últimos dias.

Determinada pela presidente Dilma Rousseff, a visita faz parte da operação “Defesa da Vida”, em que o governo federal atua junto aos governos estaduais do Pará, Amazonas e Rondônia para enfrentar a violência. Além dos ministros, integram o grupo representantes da Secretaria Geral da Presidência da República, do Ministério da Defesa, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Fundação Nacional do Índio (Funai), Conselho Nacional de Justiça e Conselho Nacional do Ministério Público.

A ministra Maria do Rosário se reuniu, na sede da Defensoria Pública do Estado, com dezenas de movimentos sociais, entre os quais o Comitê Dorothy Stang, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos. O Regional Norte 2 da CNBB (Amapá e Pará) também participou da reunião, representado pela secretária executiva, Orlanda Alves.

Orlanda entregou à ministra uma carta endereçada à presidente Dilma Rousseff, relatando os graves problemas e desafios que afligem o povo do estado do Pará. A ministra garantiu que entregará a carta à presidente.

“Nos últimos anos nossa região vivencia o choque entre dois modelos diferentes de desenvolvimento. O primeiro é chamado de desenvolvimento predatório e o segundo de socioambientalismo, este último com um imenso potencial de geração de emprego e renda com produtos da floresta, que não seja madeira, gado e soja”, diz a carta assinada pelos três bispos da Presidência do Regional.

Para os bispos, enquanto não houver medidas concretas do Governo, o estado de violência permanecerá no campo. “Vimos solicitar providências no sentido de que as causas sejam enfrentadas na busca de soluções efetivas, pois acreditamos que enquanto isso não ocorrer, continuaremos a conviver com ameaças, tentativas de intimidação, violência e assassinatos de trabalhadores rurais, lideranças e de religiosos”.

A ministra disse que o governo federal quer se somar no esforço de acabar com a violência no campo e dar segurança ao povo. “Viver em segurança é um direito fundamental", enfatizou a Maria do Rosário.

De Belém, a comitiva do Governo segue para Marabá (PA), Manaus (AM) e Porto Velho (RO).

Leia a carta do Regional Norte 2 aqui.

Site da CNBB

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