ÀS MÃES
- às Mães que apesar das canseiras, dores e trabalhos, sorriem e riem, felizes, com os filhos amados ao peito, ao colo ou em seu redor; e às que choram, doridas e inconsoláveis, a sua perda física, ou os vêem “perder-se” nos perigos inúmeros da sociedade violenta e desumana em que vivemos;
- às Mães ainda meninas, e às menos jovens, que contra ventos e marés, ultrapassando dificuldades de toda a ordem, têm a valentia de assumir uma gravidez - talvez inoportuna e indesejada – por saberem que a Vida é sempre um Bem Maior e um Dom que não se discute e, muito menos, quando se trata de um filho seu, pequeno ser frágil e indefeso que lhe foi confiado;
- às Mães que souberam sacrificar uma talvez brilhante carreira profissional, para darem prioridade à maternidade e à educação dos seus filhos e às que, quantas vezes precisamente por amor aos filhos, souberam ser firmes e educadoras, dizendo um “não” oportuno e salvador a muitos dos caprichos dos seus filhos adolescentes;
- às Mães precocemente envelhecidas, gastas e doentes, tantas vezes esquecidas de si mesmas e que hoje se sentem mais tristes e magoadas, talvez por não terem um filho que se lembre delas, de as abraçar e beijar...;
- às Mães solitárias, paradas no tempo, não visitadas, não desejadas, e hoje abandonadas num qualquer quarto, num qualquer lar, na cidade ou no campo, e que talvez não tenham hoje, nem uma pessoa amiga que lhes leia ao menos uma carta dum filho...;
- também às Mães que não tendo dado à luz fisicamente, são Mães pelo coração e pelo espírito, pela generosidade e abnegação, para tantos que por mil razões não tiveram outra Mãe...e finalmente, também às Mães queridíssimas que já partiram deste mundo e que por certo repousam já num céu merecido e conquistado a pulso e sacrifício...
A todas as Mães, Parabéns, mesmo que ninguém mais vos felicite! E Obrigado, mesmo que ninguém mais vos agradeça!
Luis Antonio Ferreira
Presidente do CNLB Sul I
Reproduzimos a seguir o texto Orações, de Nilson Souza, publicado no jornal Zero Hora, 07-05-2011.
ORAÇÕES
Ave, mãe, cheia de raça, o amor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, bendito é o vosso ventre e vossa luz. Quanta magia existe no teu olhar, senhora dos nossos passos e de muitos abraços, agora e na hora que nos deste a vida.
Mãe nossa, que estás em casa, no trabalho, na escola, ou no abrigo das nossas mais caras lembranças, santificado seja o vosso nome, venha a nós a vossa proteção, seja feita a vossa vontade de nos ver felizes, assim na terra como no ar, no mar ou até mesmo no bar.
O pão nosso de cada dia continue nos dando hoje, ou o almoço de amanhã, ou aquela sobremesa maravilhosa que só a senhora sabe fazer. Perdoai as nossas ofensas, as nossas omissões e desatenções, e não nos deixeis cair na besteira de sair de casa tão cedo. Livrai-nos do mal e, se possível, também do cheque especial e de perder o Gre-Nal.
Salve, rainha, princesa, duquesa, pois mereces todos os títulos da nobreza. Vida, doçura, esperança, que vontade de ser novamente criança para ganhar um colo cada vez que vierem as lágrimas. Por vós suspiramos em silêncio, advogada nossa, professora, médica, faxineira, cientista, empresária, secretária, presidente, ascensorista, senhora de tantos ofícios, sem renúncia ao mais sublime de todos, que é levar pela mão o filho do ventre ou do coração.
Creio em teus poderes de bondade, perseverança, tolerância e sabedoria materna. Seríamos ainda mais abençoados se tivesses vida eterna.
Glória à mãe, aos filhos nem sempre santos e a esse espírito de gratidão que por vezes nos leva aos prantos. Assim como era no princípio, que o seja para sempre.
Senhora, fazei de mim um instrumento de vossa paz e de vossa infinita ternura. Onde houver uma mulher, pois todas são mães por sentença genética ou divina, que eu e os demais filhos e filhas levemos o agradecimento, a alegria, o reconhecimento de que elas merecem muito mais do que um dia.
Amém!
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