terça-feira, 8 de setembro de 2009

DE APARECIDA A BRASÍLIA, SARNEY E CRISE NO SENADO SÃO ALVOS DE MANIFESTAÇÕES

Grito precisa se repensado, propõe arcebispo de Aparecida

Em Aparecida (SP), o arcebispo dom Raymundo Damasceno Assis, disse ontem que o Grito dos Excluídos, protesto liderado pela Igreja Católica há 15 anos, não conta mais, no Santuário Nacional de Aparecida, com uma presença maciça dos movimentos sociais e, por isso, poderia ser "repensado".
"Protestar por protestar é bom, mas é importante ter propostas concretas. A gente às vezes muda comportamentos através de ações muito concretas, que mexem na vida das pessoas. Quando ficamos apenas no campo muito teórico, talvez [a gente] não atinja o coração das pessoas", disse.

De Aparecida a Brasília, Sarney e crise no Senado são alvos de manifestações

O final do desfile de 7 de Setembro em Brasília foi marcado por um protesto contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Cerca de 150 manifestantes, segundo cálculos da Polícia Militar, romperam uma grade de segurança, invadiram o gramado da Esplanada dos Ministérios e chegaram a menos de 100 metros do palanque onde estava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles cobravam a saída de Sarney da presidência do Senado.

"Sou brasileiro, sou patriota, mas eu não sou idiota", gritavam os manifestantes, a maioria estudantes de escolas secundaristas e da Universidade de Brasília (UnB) com as caras pintadas, muitos com nariz de palhaço. Sarney não foi ao desfile. Houve um princípio de confusão. Quando os manifestantes furaram o bloqueio, Lula já havia descido do palanque e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, tinha acabado de sair.

Em Aparecida (SP), a crise do Senado foi o tema da 15ª edição do Grito dos Excluídos, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, que reuniu cerca de 2 mil pessoas. O movimento foi convocado pelas pastorais sociais da Igreja reunidas na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e outros movimentos sociais.
O bispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno de Assis, disse que "a crise no Senado, e as que a sucederam, demonstram que não basta ter uma democracia apenas formal, é necessário que o povo participe".
Rio

Sob protestos do Grito dos Excluídos e de ex-soldados especialistas demitidos pela Aeronáutica, o desfile no Rio contou com cerca de 8.000 pessoas. Os ex-militares protestaram por terem sido dispensados seis anos depois de aprovação em concurso.

Segundo a associação que representa a categoria, 15 mil foram demitidos. A Aeronáutica alega que a seleção era para temporários, o que os demitidos contestam, com base nos editais de 1994 a 1999, que não fazem referência a isso.

A notícia é do jornal Folha de S. Paulo, 08-09-2009

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