domingo, 6 de setembro de 2009

CARTA DO CNLB SUL I PELO GRITO DOS EXCLUIDOS

“Eu vim para que todos tenham vida
e a tenham em abundância”
(Jo 10,10).

Frutos do amor e das entranhas do próprio Deus nós o somos. Uma vontade de Deus. E a narrativa nos diz que “plantou Deus um jardim em Éden, no oriente, e colocou ali o homem que formou (...) pra o lavrar e guardar” (Gn 2,8.15). O amor e o cuidado estão no princípio do projeto de Deus e para ele (o amor), tudo concorre, pois o amor é o próprio Deus.


Ao homem e a mulher, entretanto, coube a guarda da “peça preciosa”, que é o amor. Mas um guardar que não é pra si, mas que nos impele em direção ao outro (cf. Lc 10,25-37) e de cuja manifestação maior é a cruz e ressurreição de Jesus.

Tudo aquilo que, na verdade, fere esse projeto de Deus, de certa forma nos faz gritar, para que a vida seja cuidada e proclamada. É o cuidar do jardim. Nesta perspectiva, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil – Regional Sul I vem até vocês, homens e mulheres de boa vontade, e diz da necessidade de juntos estarmos em suas cidades promovendo o GRITO DOS EXCLUIDOS, cujo tema e lema esse ano é “VIDA EM PRIMEIRO LUGAR: A força da transformação está na organização popular.”

Com esse lema, o 15º GRITO nos convoca e desafia a pensar e discutir com a sociedade a atual crise do capitalismo, que mais uma vez deixa a conta para os pobres pagarem; e a necessidade de construir um novo projeto civilizatório, onde a dignidade da vida esteja em 1º lugar. Vida digna e justa é mais do que mera sobrevivência; exige mudança e condições reais que garantam as aspirações básicas do ser humano. O lema também afirma que a força da transformação está na organização e participação popular, um dos grandes desafios para quem sonha um novo projeto de sociedade, onde a democracia, justiça e paz sejam realidade.

Nesse contexto o GRITO DOS EXCLUÍDOS E EXCLUÍDAS é tempo oportuno para a reflexão, para ouvirmos as vozes de milhares de pessoas, de um modo muito especial os que vivem silenciados no anonimato. Gritos fracos, inaudíveis, mas que precisam ser ouvidos por nós, sob a pena de sermos reconhecidos como falsos cristãos, desatentos aos sofrimentos dos empobrecidos, sem compaixão, realizando uma missão medíocre, se não o fazemos.

A organização do povo é o caminho que devemos percorrer, motivados pela Palavra e Eucaristia, para que a vida em plenitude para todos seja alcançada, sinal do Reino de Deus: projeto, utopia e realidade.

Vamos todas e todos dar um grande grito contra a exclusão social! Participe!!!

Fraternalmente,

Luis Antonio Ferreira
Presidente


Alex de Souza Rossi
Secretário Geral

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