quinta-feira, 16 de abril de 2009

DÊ UM PASSO PELA PAZ - AVALIAÇÃO PARCIAL

Matéria publicada no Jornal Diário de Assis – Coluna semanal mantida pelo CNLB Assis - matérias sempre de interesse do nosso organismo.

Avaliação da Coordenação da CF.2009
A Coordenação da Campanha da Fraternidade da Diocese de Assis sob responsabilidade do CNLB Diocesano, que em 2009 tem a assessoria do Padre Orlando Rodrigues de Almeida, Coordenador da Pastoral Carcerária, reuniu-se em 13/04/09, 19h30min horas para dar continuidade dos desdobramentos das atividades da Campanha após o período oficial, durante a Quaresma.

Após sensibilização desenvolvida pela Coordenação Diocesana da CF com o objetivo de atingir a sociedade civil, por meio da apresentação do DVD do se Texto Base, em Secção Ordinária na Câmara Municipal, duas atividades vividas pela comunidade assisense despontaram como gesto concreto de envolvimento, como a Audiência Publica promovida conseqüente por esta mesma Câmara, despertada pelo protesto emergencial da Associação Comercial e Industrial de Assis - ACIA, que, receptiva aos apelos dos demais seguimentos, se transformou no espetacular movimento de cidadania Dê Um Passo pela Paz.
Em matéria anterior já apresentamos avaliação dos resultados surpreendentes desta Audiência Pública. Analisamos 11 pontos positivos e elencamos 07 preocupações.

Dê Um Passo Pela Paz, o primeiro movimento popular de cidadania, que literalmente tomou conta da principal Avenida da cidade, a Rui Barbosa, surpreendeu em todos os sentidos. Ainda que diante de supostas ameaças de retaliação do crime organizado, publicadas por alguns meios de comunicação, o que se entendeu como um desserviço ao movimento, mesmo assim os organizadores não se intimidaram e fizeram bom trabalho de divulgação, que trouxe para a Avenida manifestações, as mais significativas, corajosas, criativas, identificadas e até uniformizadas. Vários seguimentos que fizeram questão de inclusive se identificar, contrariando vendedores de pessimismo e derrotismo, investiram bem, trajando camisetas alusivas, ousadas e que estimulavam cultura de paz. Há seguimentos que ainda agora continuam usando estas camisetas, como que apostando e esperando mais da continuidade do movimento. Isto é gratificante! O setor educacional foi a presença mais forte e marcante. O seguimento religioso de um modo geral não apareceu de forma marcante, o quanto se desejava pela intensa campanha que desenvolvemos nas missas e muito menos celebrou o fato providencial, que ocorreu durante a Semana Santa. Os Cristãos ainda não descobriram o sabor desta pérola que se encontra no número 209 do Documento de Aparecida: ”São homens da Igreja no coração do mundo e, homens do mundo no coração da Igreja”, ou vive-se de pouca fé, que desconhece a força do Espírito: “fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito...” e aí conseqüentemente, não se faz relação entre fé e vida, conforme consta do Texto Base da CF.2009, que aponta ao caminho: “Segurança é dever do Estado, mas é direito e responsabilidade de todos (Constituição Federal, art.144)”.

Verificamos algumas falhas na organização de um modo geral, como a pouca capacidade de som que pudesse chegar a toda a Avenida Rui Barbosa. Por esta razão, não se conseguiu fazer com que um grande público que apreciava a passeata encostado-se às lojas e bancos fechados, viesse se somar a grande caminhada por uma cultura de paz. Neste sentido, um pouco de civismo recuperado ao se entoar o Hino Nacional, teria sido diametralmente enorme. Toda a condução da Passeata foi conduzida de maneira popular, sem estrelismo algum, a não ser alguns políticos pára-quedistas, que não apareceram e nem se comprometeram durante toda a preparação do evento. A ACIA entregou formalmente um documento reivindicatório ao Prefeito Ézio Spera, que no momento assumiu lutar com a grande massa popular. A mídia local limitou-se a estampar grandes manchetes, sem discorrer sobre o mérito do movimento, o que já era esperado. Em nossa avaliação a grande mídia presente, com cobertura e destaques insignificantes, só será atingida, quando em breve, um grande movimento oficial, como as Conferências Livres, ferir-lhe as entranhas da ética nos Meios de Comunicação Social

E a Coordenação Diocesana da CF.2009 delegou ao Conselho Comunitário de Segurança-CONSEG a incumbência de realizar uma Conferencia Livre sobre Segurança Publica, embora qualquer outro seguimento possa fazê-lo livremente, conforme orientação oficial.
A ACIA, facilitadora do Evento, da qual fazemos parte ainda fará a sua avaliação.

José Aparecido dos Santos - CNLB Diocesano Assis e Coordenação da CF.2009

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